Como ter um animal silvestre em casa?
Cachorro, gato, hamster, calopsita. Nem todos se contentam com pets tradicionais.
Para a felicidade destes é possível ser dono de um animal silvestre, mesmo dentro de casa. Claro, algumas regras devem ser seguidas.
Para aqueles que têm interesse em adotar um animal não convencional, devem verificar as legislações federais, estaduais e municipais.
Contudo, há algumas regras gerais e cuidados que devem ser tomados antes de adotar um pet silvestre. E é sobre isso que iremos tratar hoje.
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Conceito
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), o termo fauna silvestre, refere-se a todas as espécies não consideradas domésticas e se diferenciam em fauna silvestre nativa e fauna silvestre exótica.
São espécies de animais que não tenham como característica o ambiente domiciliar para a grande maioria dos seus indivíduos.
No caso da fauna silvestre nacional, são todas as espécies que possuem ciclo de vida no país ou parte dele, mesmo que de forma migratória.
Forma legal de aquisição
A única forma de ter estes animais legalmente é adquirindo de um criadouro ou estabelecimento comercial autorizado pelo Ibama ou pelo órgão estadual/distrital.
Mas fique atento!
O criadouro deve ter cadastro em um órgão ambiental, ter um responsável técnico e estrutura e emissão de nota fiscal de transação e certificado de origem.
Somente estes estabelecimentos são autorizados a manter e a reproduzir esses animais e oferecê-los à sociedade de forma legal.
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Tráfico e comércio de animais silvestres
No Brasil, o tráfico e o comércio de animais silvestres sem autorização são ilegais e amparados pela Lei nº 9.605 (de Crimes Ambientais).
A pena é detenção de seis meses a um ano, além de multa. O comércio ilegal de animais é o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas.
A maioria dos animais traficados é retirada da natureza, o que causa grande desequilíbrio na fauna e sofrimento para os indivíduos, como por exemplo:
Mães assassinadas e filhotes confinados num espaço muito pequeno, sendo que a grande maioria infelizmente chega ao seu destino morta ou com saúde seriamente comprometida.
Cuidados antes de adotar um
Como qualquer outro animal de estimação, os animais silvestres precisam de cuidados que variam de acordo com a espécie e a biologia.
Para oferecer qualidade de vida para estes animais é altamente necessário que o tutor, além de conhecer a espécie, faça acompanhamento com um veterinário especializado.
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Estes animais não são domesticados por anos ou décadas, logo, apresentam comportamentos naturais e podem desenvolver síndromes emocionais devido à presença em cativeiro que não responda às suas necessidades.
Por isso, além de ser importante saber de onde vem o animal é necessário tomar cuidado para não irritá-lo e causar um acidente.
Outros cuidados que devem ser tomados se referem ao recinto e onde ele irá ficar.
Verificar se não há abertura para fugas, se não há animais hostis ao animal que será adotado, nos arredores, e certificar de que o ambiente segue os critérios para a vivência do animal.
Para isso, procure por um veterinário especializado e o consulte.
Para mais informações quando a lista de animais que requerem autorização e demais processos cadastrais, recomendamos que acesse www.ibram.df.gov.br/ .
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